Entrevista Motivacional é:
• Ajudar os pacientes com desafios como mudança de estilo de vida, vacina e adesão à medicação.
• Ajudá-los a tomar suas próprias decisões, livres de pressão ou coerção.
• Oferecer informações e conselhos que as pessoas apreciem e levem em consideração.
• Estabelecer um vínculo e conexão forte com as pessoas.
• Tirar o calor do conflito na consulta.
• Ouvir bem, sem perder o controle do tempo.
• Fazer planos de ação dos quais as pessoas se apropriem.
Daí a importância de como você realiza a sua comunicação. Considere o estilo de guiar em relação a direcionar e acompanhar. Cada estilo tem seu próprio tempo e lugar, e em qualquer conversa a ideia é escolher o estilo que mais combina com as circunstâncias e necessidades da pessoa.
Continuum de Estilos de Comunicação: Direcionar – Guiar (Direcional) – Acompanhar
Uma maneira de tirar o máximo proveito das conversas com os pacientes sobre mudança é considerar uma mudança de estilo, de direcionar (ser diretivo) para guiar. Esse estilo
forma a base da EM cuja função é extrair das pessoas por que e como elas podem mudar, atuando com a sabedoria e habilidades da pessoa à sua frente, muito parecido com a postura de um guia turístico, sempre pronto para fornecer conselhos e informações quando necessário. Agindo desta forma você passa a ser direcional e não diretivo.
Se você estiver concordando com estes princípios, então a orientação pode servir bem como um estilo de consultoria.
A inspiração reside em deixar de ser o “detentor do saber”, que está em busca de coisas que estão erradas no paciente para consertar.
Ter essa mentalidade é útil ao diagnosticar, mas disfuncional quando se almeja
capacitar ou empoderar alguém. Para capacitar você valoriza muito o engajamento, o empoderamento, bem como tirar o melhor proveito dos pontos fortes da pessoa.
É de se admirar que os profissionais ouçam sobre EM e comentem: “Eu faço muito isso naturalmente.” Na verdade, é um estilo que você já deve conhecer, entretanto aprimorar seu uso parece bem justificado porque você trabalha com os pontos fortes, não apenas com os problemas ou dificuldades da pessoa.
• Você defende a escolha e acredita que seus pacientes são capazes de realizá-la.
• Você os vê primeiro como pessoas e depois como pacientes.
• Você valoriza muito a boa conexão.
• Você oferece conselhos, em vez de impô-los.
• Você defende uma escolha e acredita que as pessoas são capazes de tomar decisões sábias sobre suas vidas.
Referência: Rollnick, S., Miller, W. R., & Butler, C. C. (2022). Motivational interviewing in health care: Helping patients change behavior. NY: Guilford Press, 2nd edition.