“Olha é complicado falar da Neliana, a história dela com o Jd. Ângela por exemplo. Creio que já vai para uns 12 anos. E ela sempre acreditou que a comunidade e a universidade poderiam fazer a diferença juntos. Sempre procurou motivar e incentivar as pessoas, colaboradores, familiares e pacientes que de alguma forma tiveram o privilégio de conviver com a mesma no dia a dia. Acreditou na parceria com uma ONG no Jd. Ângela que engatinhava na área de dependência química e investiu seus esforços, energia, determinação, conhecimentos, na prática do bem sem idealizar retorno algum para si ou para a academia. Muitos podem falar: “Ah! É uma gotinha num universo complicado!” Pode até ser, mas como diz o Pe. Jaime quando parafraseando, lembra-nos de Gandhi: “É melhor acender um palito de fósforo do que amaldiçoar a escuridão”. Por conta do meu vínculo na UCAD/Moradia Assistida, que em 2003 incorporou a ideia de CAPSad, não pude frequentar e acompanhar o CUIDA de perto no seu dia a dia. Mas nunca duvidei de que esta proposta faria a diferença na vida de crianças que convivem com familiares usuários de substâncias psicoativas. A confraternização de final de ano no CUIDA era algo contagiante, ver colaboradores, a população atendida e a própria Neliana em comunhão com o projeto, comemorando mais um ano que se findava. Em 2005 tivemos inúmeros abalos nos projetos sociais da citada ONG, mas a vontade de trabalhar em benefício do próximo prevaleceu. Não “caímos”, pelo contrário, acredito que o atendimento na área da dependência química ficou mais forte ainda. Continuamos com muitas pedras no percurso, mas quando sai da entidade em 2009, saí com o coração partido, mas na certeza que a luta valeu a pena. E espero que a missão do CUIDA siga firme e forte. Eu acho fundamental , termos fé e esperança num amanhã melhor, mas fé sem caridade é uma fé vazia. Não vislumbro um ideal a ser conquistado sem ambas. E acredito que a Neliana também”