Dra. Neliana Buzi Figlie

Contexto: Evidências indicam que a EM é uma intervenção eficaz para melhorar os comportamentos de saúde relacionados à dieta, exercício e diabetes entre adolescentes. No entanto, há uma falta de compreensão sobre os mecanismos pelos quais a EM funciona e os fatores contextuais que afetam sua eficácia. O objetivo desta revisão foi entender como, para quem e em que circunstâncias a EM funciona para a mudança de comportamento de saúde do adolescente e o que informará a implementação futura desta intervenção. Para fornecer essa compreensão aprofundada, uma revisão sistemática foi realizada para sintetizar as evidências sobre o uso da EM nos comportamentos de saúde. A teoria da autodeterminação (SDT) foi escolhida como a teoria candidata para teste na presente revisão.

Métodos: Bancos de dados incluindo PsycINFO, Healthstar, Cochrane e PubMed foram pesquisados para artigos publicados até março de 2017. A estratégia de pesquisa incluiu estudos que examinaram ou revisaram a eficácia ou eficácia da EM para mudar comportamentos de saúde entre adolescentes. A busca identificou 185 resumos, dos quais 28 foram incluídos na revisão. A literatura foi sintetizada qualitativamente e testada a SDT como a teoria candidata.

Resultados: Com base no SDT, três mecanismos foram encontrados nos estudos revisados, incluindo competência, relacionamento e autonomia. Os seguintes contextos foram encontrados para impactar os mecanismos: ambiente escolar, proficiência do profissional em EM, envolvimento dos pais e envolvimento dos pares.

Conclusões: Esta revisão sistemática fornece avanços na compreensão dos mecanismos envolvidos na EM para a mudança de comportamento de saúde no adolescente. Além disso, fornece informações práticas importantes sobre quais contextos criam as condições para que esses mecanismos ocorram, levando à mudança de comportamentos de saúde. Os resultados podem informar futuras intervenções de EM para mudança de comportamento de saúde no adolescente. Pesquisas futuras devem continuar a testar esta teoria realista e também examinar as variáveis do mecanismo não amplamente documentadas, a fim de melhorar nossa compreensão da EM nessa população.

Referência:

Mutschler, C., Naccarato, E., Rouse, J. et al. Realist-informed review of motivational interviewing for adolescent health behaviors. Syst Rev 7, 109 (2018). https://doi.org/10.1186/s13643-018-0767-9

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