Pesquisas sobre psicoterapia e qualidade da aliança terapêutica, particularmente percebidas pelo cliente, mostram que há uma expectativa acerca de resultados. Os clientes que estão mais engajados são mais propensos a aderir ao tratamento e a qualidade da aliança terapêutica pode influenciar positivamente nestes resultados. O engajamento de uma aliança terapêutica, que já pode começar a ser construído a partir do primeiro atendimento, envolve o estabelecimento de uma relação de confiança e de respeito mútuo de trabalho, acordo sobre metas de tratamento e a colaboração em tarefas mutuamente negociadas para alcançar estes objetivos. Para a EM, o engajamento consiste em uma confiante e respeitosa relação de ajuda, cujo processo terapêutico é construído mutuamente.
Neste contexto, também se faz necessário compreender a ambivalência como a percepção do cliente sobre a importância que ele atribui à mudança, bem como quão confiante se sente para a realização dessa mudança. Um método simples para avaliar a importância e a confiança é a escala de disposição abaixo:
Quão importante é para você realizar esta mudança? Em uma escala de 0 a 10, sendo o 0 não importante e o 10 extremamente importante, que nota você se daria?
0…1…2…3…4…5…6…7…8…9…10Sem importância Muito importante |
Quão confiante você se sente para realizar esta mudança? Em uma escala de 0 a 10, sendo o 0 sem confiança e o 10 muito confiante, que nota você se daria?
0…1…2…3…4…5…6…7…8…9…10Sem confiança Muito confiante |
Essa escala de disposição pode ser feita informalmente em uma conversa com o cliente ou se o profissional preferir, por meio de uma folha de atividade.
Referência: Miller, W. R.; Rollnick, S. Motivational Interview – helping people change. 3. ed. New York: The Guilford Press, 2013.